Sunday, September 27, 2009

O português médio só pega de empurrão

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O português médio precisa que lhe digam para votar. Precisa que lhe reservem um dia para obrigatoriamente se ocupar a reflectir.
O português médio teme ver-se sozinho e ficar sem saber o que deve fazer. É incapaz de se sentir bem sem um pai tutelar.
O português médio precisa sempre que o levem pela mão.
Por essa razão não sente grande alergia a ditaduras. E então se forem democráticas - está tudo dito e não se fala mais nisso.
O ardor futebolístico, o fado, o machismo de goela, o marialvismo ribatejano e as pegas de caras, são estereotipias atrás das quais se esconde a essência da natureza do português médio.
“Quanto mais me bates mais gosto de ti” - é um aforismo coevo da nacionalidade.
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