Sunday, January 4, 2009

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A insustentável beleza do pretender

Pediu o presidente, no discurso de Ano Novo, a suspensão das querelas partidárias e a aglutinação nacional numa união apontada à ultrapassagem dos problemas económicos do país.
Tendo as querelas origem nas diferentes opiniões quanto às causas dos problemas e às formas de os resolver, o pedido presidencial foi no sentido de os partidos, por um intervalo de tempo indeterminado - se absterem de o ser.
Seria isso possível, ou mesmo desejável?
Claro que não.
É precisamente ao contrário. É a falta de querelas sérias e profundas e até de algum radicalismo q.b., que vem mantendo o país neste morno e seboso não presta.
A contemporização convém ao establishment mas faz doente o país.
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