Saturday, January 31, 2009

O fumo e o fogo

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Em Inglaterra, até na política existe um mínimo de decoro.
Aqui não.
Sentindo-se culpado, o político nunca abandonará o lugar pelo seu pé. Permanecerá firme, tentando desenrolar novelos de influências a seu favor, e só sairá se o fogo principiar a queimar os olhos do público. Até lá, manter-se-á esperançoso, quanto mais não seja – procurando escapar entre os fumos da Justiça.
Dir-se-á ser mais fácil o inocente bater com a porta, do que o outro. Talvez, mas isso nada prova.
Sentindo-se inocente mas sabendo que morrerá politicamente se sair no meio da tempestade, dificilmente o político ambicioso abandonará o lugar. Ou não fosse da natureza do poder, ter a natureza que tem e valer o que efectivamente vale.
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Duas coisas são certas:
- A primeira é as novelas esgotarem-se rapidamente quando os fumos não têm origem em fogos reais.
- A segunda é ser necessário muito esforço para enxovalhar o brio a certos conceitos de política. Ou por serem eles muito resistentes, ou por lhes ser escasso o brio e difícil de encontrar.
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Lições das causas:

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- O Free Market não faz mal a ninguém, antes pelo contrário.
- O Free Banking faz. Faz, e não é pouco.
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Friday, January 30, 2009

Freepoem do "Ah"

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Ah, forças ocultas em campanhas negras
Ah, falsas disputas a fugir ás regras
Ah, Candidas ajudas do choro das pedras
Ah, mosquinhas das frutas, - a voar ás cegas
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Forças Ocultas

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Se isto é mesmo assim, este país é um kindergarten e andamos todos a brincar ao faz de conta.
Somos, uma anedota permanente, em que as cambiantes mudam à semana, num main- stream inalterável.
Vamos estando cada dia mais habituados a este novo Orwelismo.
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Thursday, January 29, 2009

O surfista de secos e molhados.


Apesar da idade, o prof. Freitas mantém o seu famoso jogo de cintura.
Isto, e as capacidades natatórias e flutuantes, são qualidades que o inscrevem no quadro dos mais notáveis surfistas todo-o-terreno do nosso firmamento político.
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Nas regulamentares bermudas vermelhas, dando o dorso ao sol e provido de um apito, o professor, se a isso se propusesse, ingressaria sem esforço no Team dos nadadores salvadores do Instituto de Socorros a Náufragos.
O sr. Engenheiro, não se encontrando na iminência de naufragar mas podendo vir a necessitar de ser socorrido, - conta com as suas habilidades na prancha.
Contra ventos e marés, pode o país ficar sossegado.
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Wednesday, January 28, 2009

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A saber:

Existem três maneiras de gastar dinheiro.
A mais agradável, - com as mulheres (no sentido elegante),
A mais desafiante, - em apostas nas corridas de cavalos,
A mais rápida, - com engenheiros.
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Com certos engenheiros, a mais rápida pode mesmo ser em Grande Velocidade.
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Nunca esquecer. Impossível compreender.

Passados tantos anos, continuo a ter dificuldade em compreender como foi possível na Europa do sec. XX, na terra que escutou Bach, o animal homem descer tão baixo na racionalidade a ponto de se perder do lado humano que possuía e eleger como metas os mais abjectos e degradantes instintos.
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O poder, quando exercido fora do controle de instituições democráticas - transforma, e quase sempre transforma para pior.
É da natureza do poder, que quem o tem a ele se queira agarrar desesperadamente, não olhando a meios. É por essa razão que se torna fundamental a existência de órgãos que equilibrem o exercício dos vários poderes, sempre na observância do Direito, e tendo presente que o seu destino está na realização material e espiritual do Homem - a célebre medida de todas as coisas.
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Em culturas como a nossa, conhecemos bem o fenómeno do pequeno vilão, revelado com a mesma rapidez com que vestiu as posses de que foi investido. Sejam elas as do simples contínuo, do secretário ou do ministro, as maiores ofensas residem, não em se desrespeitar o interesse do cidadão, em complicar-lhe a vida ou em desperdiçar o dinheiro público, mas em se poder pensar que o tal fulano não manda nada.
Mandar, em qualquer patamar a começar no chefe máximo do pessoal mínimo, é o vértice orgásmico destas tipologias culturais. Só depois virão, quando vierem e desde que superiormente autorizados – os interesses do cidadão simples e anónimo.
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Exemplos? Basta ver a corrente de indignações e indignados, logo que alguém se atreveu a questionar um processo de licenciamento que deveria ter sido clarinho, transparente e acima de qualquer suspeita.
Em Portugal a opinião pública não vale uma linha num jornal. As nomenklaturas são, de facto, os donos disto.
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Falta ver,

até que ponto vai o governo "emPinhar-se" na Quimonda.
Parece excessivo "mondar" o dinheiro dos contribuintes para tentar salvar uma empresa estrangeira. Uma empresa que nem os de lá vêem muito interesse em que seja salva.
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Tuesday, January 27, 2009

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Insularidades & distracções

Eu, que não sou insular e estou razoavelmente bem informado, apenas tomei conhecimento da existência de conselheiros de Estado – pelo que li nos jornais
Estou a falar a sério.
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Peço desculpa, mas esta ideia é um pouco redutora.

a realidade é a seguinte:
«Num país como Portugal, uma investigação independente a membros das nomenklaturas é impossível.»
Por uma infinidade de razões, e até porque iria parecer mal.
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Monday, January 26, 2009

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O fumo e o fogo

O que importa explicar, não são as conformidades legais do projecto.
O que importa aclarar é se naquele processo ultra rápido houve favorecimento, e, no caso de ter existido, se o dito foi, ou não, induzido por lubrificações ilícitas das engrenagens da burocracia.
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Ou seja, importa esclarecer se os processos foram “agilizados” por sedução com untos.
É esse - o âmago da coisa. Nada mais.
O resto, as cortinas de fumo que se sente começarem a cair nervosamente sobre o assunto, poderiam parecer mantos diáfanos de fantasias… o que seria politicamente insustentável.
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Sunday, January 25, 2009

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Pennies from Heaven

Terá sido daquela pregação sobre as águas, na célebre caminhada sobre o lago Tiberíades, que nasceu o conceito que viria a abrir as portas a negócios do céu: o offshore.
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madrugada de domingo - música para dançar ( III )
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Saturday, January 24, 2009

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Notícias do céu

Depois de ter sido republicano e laico, Deus dedicou-se ao import-export.
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Friday, January 23, 2009

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Eu Também Gosto Mesmo

Como está na moda indicar os blogs de que gostamos muito, aqui vai a minha escolha, aglutinada por razões que vão do prazer lúdico da arte até à dissecação política mais límpida e com escritas escorreitas, ácidas e divertidas, passando por aromas internacionais e até por alguma divulgação literária.
Por ordem alfabética, eis a minha “short list”:

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A Arte da Fuga

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aluaflutua
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A Origem das Espécies
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branco no branco
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Eclético
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ESPUMADAMENTE
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Fumaças
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MAIS ACTUAL
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O Insurgente
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O Jumento
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Portugal Contemporâneo
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portugal dos pequeninos
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TOMAR PARTIDO
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Obrigado a todos por continuarem a entreter-se, escrevendo nos vossos blogs.
Eu Gosto Mesmo de os ler.
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Ainda não se tinha notado

a utilidade do TGV para acelerar aprovação de projectos.
Acabam as dúvidas mesquinhas logo que o TGV ligue os vários Ministérios e secretarias de Estado.
Vai haver mais “papel”, e a circular mais depressa. É um grande passo no progresso.
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Thursday, January 22, 2009

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Ó tio, ó tio…

Um meu amigo, distinto Advogado, costuma dizer que todos conhecemos um Advogado. Somos mais de 30.000, diz ele.
Com uma concorrência de mais de 30.000 colegas, se eu fosse Advogado estranharia a coincidência de todos os bons negócios irem invariavelmente desembocar directamente em escritórios de advogados próximos dos poderes.
Conheci em tempos um reputado barman, tido por ser um génio a preparar bebidas. Se ele assistisse a certas coisas já teria inventado uma bebida, talvez chamada “Freeportucale”, um género de Long-Drink a ser tomado com luvas, por ser servido muito frio.
Talvez um Long-Drink com essas características se tornasse popular em certos ambientes, e até mesmo, apreciado em turismo subaquático.
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Wednesday, January 21, 2009

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Yes, they can

Só na América um discurso presidencial tem o poder de acentuar nas pessoas uma sensação de pertença e de as fazer viver objectivos nacionais, em que cada um sente a sua quota de responsabilidade no achievement desses objectivos.
O optimismo é uma (feliz) invenção americana.
Na América cada um sente-se responsável por si próprio. E é-o, de facto.
É por isso, e apenas por isso, que - “eles são capazes” e “podem”.
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Vocações desperdiçadas

O sr. Crespo, que conduz entrevistas como quem barra marmelada em fatias de pão, está com uma suavidade a roçar o veludo. Se me ocorresse montar uma fábrica de manteiga, a minha primeira decisão era contrata-lo. Pagava-lhe o que ele quisesse.
O frente a frente de hoje, em que o melancólico dr. Alberto Martins vozeou banalidades pastosas com a menina Teresa Caeiro, a barbie de loja de chinês do CDS, foi um espectáculo tão confrangedor que nem chegou a ser ridículo.
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Tuesday, January 20, 2009

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Inauguração
Com um sms, um e-mail e um telefonema, sem pompa nem circunstância mas ao mais alto nível emocional, não pelo aparelhinho, naturalmente, inaugurei hoje o meu terceiro BlackBerry.
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Após os vários cismas,
após Constantinopla e após a dissolução do Império Austro-Húngaro, chegamos hoje a 25 de Dezembro, dia da Obamização do Ocidente segundo o mais recente calendário messiânico.
É preocupante ver tanta gente colocar a solução de todos os seus problemas nos ombros de um só homem.
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Monday, January 19, 2009

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Julio Rondo

"nineteen, 6:08", 2008Acrylic on glass
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Sunday, January 18, 2009

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Contrastes

Na América do Sul, o rally “Dakar” não tem o glamour nem o sal de aventura do deserto.

Igualmente deserto, mas insosso e sem glamour, continua o CDS by Portas.
Admiro-me ainda haver paciência para ouvirem aquilo.
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madrugada de domingo - música para dançar ( II )


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There should be sunshine after rain
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Friday, January 16, 2009

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a Kodak tem razão.

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Uma imagem vale mais que mil palavras.
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(via JCD - Blasfémias)
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Quando irá o psd riscar a draª Leite que nada risca nem riscará coisa alguma?
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As mecânicas do éter.

Voo planado é o voo curto, aleatório e que pode terminar na água, forçado por intervenção fortuita de Rara Avis.

Voos planeados são longos voos predatórios, facilitados a Avis Varas nada Raras, pelo devorismo insaciável de mecanismos de elevadíssima entropia.

Os voos planados são curtos. Os planeados são intermináveis.
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Thursday, January 15, 2009

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Livestock

Enquanto nos países Ocidentais se lapidam diamantes para deles se fazerem ofertas a mulheres, em países islâmicos dispensa-se essa subtileza e lapidam-se directamente mulheres.
Tal como seria uma extravagância nunca vista oferecer jóias a criadas e a máquinas de “ginecer”, diga-se assim para não melindrar ninguém, que são os dois items essenciais do Job description feminino em muitas daquelas culturas.
Como se sabe, não são culturas onde facilmente ganhe o céu aquele que for brando no chibatar do gineceu desalinhado.
D. José Policarpo apenas aflorou o que toda a gente sabe.
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whatever will be will be

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O Jorge Ferreira notou o surgimento de um novo conceito de Orçamento.
O Orçamento que antes de o ser - já era.

Trata-se de um Orçamento género pescadinha, o qual, por vir a ser objecto de nova cosmética de remodelação a prazo curto, segundo afirmam especialistas, caberá inteiramente no conceito de – “rabo na boca”. Quer dizer, um orçamento que antes de o ser já era, e depois de o ser, afinal será outra coisa que a seu tempo se saberá.
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the unbelievable - Dorisday Teixeira


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Muita lata

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Leia aqui, como o Bastos da “casta” dos famosos hóspedes “dos” Job da Câmara de Lisboa, tem a lata de armar em moralista.
Deve ser aquilo que na ciência Bastos se designa como democracia avançada.
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Wednesday, January 14, 2009

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Rating à hora do chá.

Há já muitos anos que qualquer indígena atento não dá o mínimo rating ao país.
O estrangeiro é que só agora reparou nisso.

Quando a dívida externa está com um pezinho nos 80% do PIB, falar em rating soa a debate sobre o sexo dos anjos. Pode fazer rir, mas não diverte.
Num país de baixa produtividade o Estado continua a jantar lagosta, suada nas dificuldades das empresas.
Depois de rota a banca, teme-se a bancarrota.
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Tuesday, January 13, 2009

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Descobertas tardias
- Rod Stewart
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Monday, January 12, 2009

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George Bush

Com o passar do tempo, talvez se venha a fazer a história dos anos de George Bush. A história da realidade, despida dos tiques e da arrogância dos que erradamente vêem a América com os olhos da Europa que imaginam existir.
Não existe essa Europa.

É muito difícil imaginar-se o que terão sido aquelas horas e dias após o 11 de Setembro. A ponderação de todas as opções, em cima da hora. O processo febril da preparação e tomada das decisões. A coragem de decidir no calor dos acontecimentos, sob pressão e sabendo que muitas dessas decisões não teriam espaço de regresso.
Apreciei em George Bush tudo isto, e a determinação com que enfrentou o terrorismo.
Podem não querer ver, mas a Europa deve à América e a George Bush a sua presente segurança.
O resto é a habitual conversa da treta.
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Óptimos dias para passear

Como apenas irei votar nas autárquicas, e só se houver um candidato que me agrade, acho indiferente que as legislativas a as autárquicas se realizem no mesmo dia ou em dias separados.
Desta vez, a abstenção vai ser o meu voto.
Enquanto se mantiver este sistema, resolvi não mais alimentar esta máquina perversa, pois parece-me que só uma abstenção em larga escala poderá alterar as coisas.
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Quero poder escolher os candidatos em quem votar. Não quero mais este sistema em que os candidatos são escolhidos pelos directórios e pelos queridos líderes, e ficam sujeitos a prestar-lhes vassalagem.
Mas, pensando bem, sugiro que as eleições se façam em dias diferentes. Há mais cafés abertos nos dias de eleições.
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Saturday, January 10, 2009

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Publicidade enganosa.

Contrariamente ao que diz a publicidade – “… não volte as costas à disfunção eréctil…”, Sócrates voltou mesmo costas ao debate com a dra. Ferreira Líder da Oposição Leite, ou, como se poderia chamá-la, com propriedade, - dra. Ferreira LOL.
Fez bem, por duas razões:
Porque a dra. Ferreira Leite não existe politicamente, e porque o que a publicidade diz é manifestamente um erro grosseiro.
É absolutamente seguro, toda a gente o sabe, voltar costas à disfunção eréctil.
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Friday, January 9, 2009

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Pallywood...

O Insurgente descobriu esta curiosidade.
Perante isto, é legítimo questionar quem na Gaza de hoje controla os números e quem pode assegurar que tudo o que se vê é realidade?
Entre a chuva de números com contagens de vítimas a aumentarem a cada novo noticiário, quanto do que se vê é realidade e quanto é mascarada?
Evidentemente que há vítimas, e não serão poucas. Mas quando se vê esta encenação, ficam muitas perguntas no ar.
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Vale a pena ver até ao fim.
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Coincidências:

A ministra Ana Jorge, que fala sempre como se lhe estivessem a espetar uma injecção de buscopan, deu ao país uma novidade inquietante: "o vírus da gripe gosta muito do frio".
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- O Campari também gosta.

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("clic" para ver melhor o Campari)

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Wednesday, January 7, 2009

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As graças da Câmara e os seus hóspedes engraçados.

Em vez de abrigar à borla ou quase de graça, gente engraçada como Batista Bastos, seria preferível que a Câmara aspergisse as suas graças sobre os desgraçados que dormem nas ruas.
Haveria nisso o mérito de uma preocupação com quem verdadeiramente precisa. Assim, a Câmara prefere o demérito de se deixar simplesmente sugar por oportunismos sem vergonha.
Nestas noites em que mais sofrem o frio, talvez os desgraçados das ruas gostassem de indicar à Câmara, e aos seus hóspedes de luxo, em que lugar poderiam meter a conversa piedosa, quando não podem deixar de fazer de conta que se preocupam.
Se o Bastos é de esquerda, como gosta de dizer, e se a Câmara também o é, sinto-me bem por não ter esse defeito.
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Tuesday, January 6, 2009

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Um país, duas fatias.

O governo, como um barco à deriva, segue em frente na esperança de lhe surgir pela proa um qualquer porto sebastiânico de onde pudesse depois dizer – chegámos, era este o destino da nossa viagem.
Entretanto, para disfarçar a coisa, vai entretendo o país com a produção de imagens virtuais de uma economia inexistente e a edição de um discurso de política económica sobre essas e outras irrealidades, no qual faz por parecer acreditar.
A política económica do governo para o ano em curso consiste apenas em ir de fogo em fogo apagando fogos, até ao dia das urnas.
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As empresas, os empresários, os empregados, as donas de casa, os estudantes, os doentes, os reformados, os samesexers, até mesmo o Peres Metello, todos têm no governo um novo Pai.
O Pai que, debruçando-se do seu pedestal, aponta o óculo analítico através do qual disseca o país em duas fatias de sectores, a saber:
Os sectores que merecem ser ajudados, e os sectores que não merecem ser ajudados.
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Perguntar-se-á que mal terão causado ao país as empresas, os empresários, os empregados e todas as famílias que vivem dos salários desses sectores que, não merecendo ser ajudados, merecem contudo pagar os impostos com os quais o Pai tirano decide salvar o BPP e ajudar os tais sectores que “merecem ser ajudados”.
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Entre baixar impostos para deixar às empresas e às famílias as escolhas que entendam ser melhores para o seu bem-estar, ou, por outro lado, aumentar impostos para com eles ir ajudar os sectores que no seu entender merecem ser ajudados, o governo escolhe o segundo caminho.
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- “Moralmente negativo”, ao contrário do que diz o governo, não é cortar investimentos públicos improdutivos. É precisamente fazê-los.
- “Moralmente negativo” é dividir o país entre os que, como o BPP, merecem ser salvos, e todos os outros que merecem que se lhes aumente os impostos para que seja o governo a fazer as escolhas, investindo nos projectos que entende ajudarem melhor os abençoados que merecem ser ajudados.
- “Moralmente negativo”, entre outras coisas, é o governo oferecer dinheiro dos contribuintes aos funcionários do Estado, como fez há semanas.
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Moralmente desmoralizador é não haver oposição.
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Monday, January 5, 2009

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A Oeste, nada de novo.

A pretexto do Médio-Oriente, alienes e alienígenas têm passado estes dias a desembuchar recalcamentos nas televisões.
Gente como uma infeliz Ana Gomes, um desesperado José Goulão, e outros “especialistas” de coisa nenhuma.
Até o sr. Luís Amado, tendo em pano de fundo a outra irrelevância que dá pelo nome de Solana, nos comunica com ar grave e aquela sua tristeza penetrante – “mais tarde ou mais cedo, terá que haver um cessar-fogo”.
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É do Leste, da Republica Checa, que parece despontar a novidade.
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Sunday, January 4, 2009

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A insustentável beleza do pretender

Pediu o presidente, no discurso de Ano Novo, a suspensão das querelas partidárias e a aglutinação nacional numa união apontada à ultrapassagem dos problemas económicos do país.
Tendo as querelas origem nas diferentes opiniões quanto às causas dos problemas e às formas de os resolver, o pedido presidencial foi no sentido de os partidos, por um intervalo de tempo indeterminado - se absterem de o ser.
Seria isso possível, ou mesmo desejável?
Claro que não.
É precisamente ao contrário. É a falta de querelas sérias e profundas e até de algum radicalismo q.b., que vem mantendo o país neste morno e seboso não presta.
A contemporização convém ao establishment mas faz doente o país.
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madrugada de domingo - música para dançar ( I )
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Maria Helena

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Saturday, January 3, 2009

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A nova Europa

começou há instantes, mas está já a mostrar os bolores da outra.
A outra, como sempre, escolhe o conforto da posição a meia haste. A posição das meias tintas equidistantes, mesmo que a errada equidistância a afaste do que é certo e equilibrado.

É disto que não gosto na velha Europa. Esta gordura cínica, resquício de um tempo já passado em que lhe era permitido manter-se olimpicamente à margem do que acontecia para lá das suas fronteiras, sempre que não estivessem em causa interesses mais imediatos.

Hoje não é assim. A globalização, ao ter também mudado as fronteiras tornou mais nítida a que separa o campo da paz, do campo do terrorismo.
Conviria à Europa não confundir as coisas. A falta de claridade, preguiçosamente induzida em tantos espíritos europeus cultos, é hoje injustificada e ridícula.
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Friday, January 2, 2009

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Passatempo - Exercício de Adivinhação
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A. H. – O Conquistador
D. D. - O Agricultor
D. J. II – O Príncipe Perfeito
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O. S. – O Ditador
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M. S. – O Descolonizador
C. S. – O Promulgador
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Há prémios para quem adivinhar os nomes:
Um orçamento ainda não rectificado, um Estauto ainda não fiscalizado, entre outros.
- Concorra já.
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Telemóvel aprovado pela DREN e pela Fenprof

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2009, 2 de Janeiro
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Até já.
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verdadeiramente, nunca senti o rezar.
e hoje não sinto.
por que o hei-de agora aprender?
o amor, que tem na dor o seu amar,
é como a aurora, neste tempo tão curto e tão finito.
traz nos braços o seu próprio anoitecer.
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Thursday, January 1, 2009

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Les Sylphides, part 4
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aromas de um Tempo Novo
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(indeed, I would say)
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