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Um país, duas fatias.
O governo, como um barco à deriva, segue em frente na esperança de lhe surgir pela proa um qualquer porto sebastiânico de onde pudesse depois dizer – chegámos, era este o destino da nossa viagem.
Entretanto, para disfarçar a coisa, vai entretendo o país com a produção de imagens virtuais de uma economia inexistente e a edição de um discurso de política económica sobre essas e outras irrealidades, no qual faz por parecer acreditar.
A política económica do governo para o ano em curso consiste apenas em ir de fogo em fogo apagando fogos, até ao dia das urnas.
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As empresas, os empresários, os empregados, as donas de casa, os estudantes, os doentes, os reformados, os samesexers, até mesmo o Peres Metello, todos têm no governo um novo Pai.
O Pai que, debruçando-se do seu pedestal, aponta o óculo analítico através do qual disseca o país em duas fatias de sectores, a saber:
Os sectores que merecem ser ajudados, e os sectores que não merecem ser ajudados.
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Perguntar-se-á que mal terão causado ao país as empresas, os empresários, os empregados e todas as famílias que vivem dos salários desses sectores que, não merecendo ser ajudados, merecem contudo pagar os impostos com os quais o Pai tirano decide salvar o BPP e ajudar os tais sectores que “merecem ser ajudados”.
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Entre baixar impostos para deixar às empresas e às famílias as escolhas que entendam ser melhores para o seu bem-estar, ou, por outro lado, aumentar impostos para com eles ir ajudar os sectores que no seu entender merecem ser ajudados, o governo escolhe o segundo caminho.
Um país, duas fatias.
O governo, como um barco à deriva, segue em frente na esperança de lhe surgir pela proa um qualquer porto sebastiânico de onde pudesse depois dizer – chegámos, era este o destino da nossa viagem.
Entretanto, para disfarçar a coisa, vai entretendo o país com a produção de imagens virtuais de uma economia inexistente e a edição de um discurso de política económica sobre essas e outras irrealidades, no qual faz por parecer acreditar.
A política económica do governo para o ano em curso consiste apenas em ir de fogo em fogo apagando fogos, até ao dia das urnas.
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As empresas, os empresários, os empregados, as donas de casa, os estudantes, os doentes, os reformados, os samesexers, até mesmo o Peres Metello, todos têm no governo um novo Pai.
O Pai que, debruçando-se do seu pedestal, aponta o óculo analítico através do qual disseca o país em duas fatias de sectores, a saber:
Os sectores que merecem ser ajudados, e os sectores que não merecem ser ajudados.
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Perguntar-se-á que mal terão causado ao país as empresas, os empresários, os empregados e todas as famílias que vivem dos salários desses sectores que, não merecendo ser ajudados, merecem contudo pagar os impostos com os quais o Pai tirano decide salvar o BPP e ajudar os tais sectores que “merecem ser ajudados”.
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Entre baixar impostos para deixar às empresas e às famílias as escolhas que entendam ser melhores para o seu bem-estar, ou, por outro lado, aumentar impostos para com eles ir ajudar os sectores que no seu entender merecem ser ajudados, o governo escolhe o segundo caminho.
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- “Moralmente negativo”, ao contrário do que diz o governo, não é cortar investimentos públicos improdutivos. É precisamente fazê-los.
- “Moralmente negativo” é dividir o país entre os que, como o BPP, merecem ser salvos, e todos os outros que merecem que se lhes aumente os impostos para que seja o governo a fazer as escolhas, investindo nos projectos que entende ajudarem melhor os abençoados que merecem ser ajudados.
- “Moralmente negativo”, entre outras coisas, é o governo oferecer dinheiro dos contribuintes aos funcionários do Estado, como fez há semanas.
- “Moralmente negativo”, ao contrário do que diz o governo, não é cortar investimentos públicos improdutivos. É precisamente fazê-los.
- “Moralmente negativo” é dividir o país entre os que, como o BPP, merecem ser salvos, e todos os outros que merecem que se lhes aumente os impostos para que seja o governo a fazer as escolhas, investindo nos projectos que entende ajudarem melhor os abençoados que merecem ser ajudados.
- “Moralmente negativo”, entre outras coisas, é o governo oferecer dinheiro dos contribuintes aos funcionários do Estado, como fez há semanas.
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Moralmente desmoralizador é não haver oposição.
Moralmente desmoralizador é não haver oposição.
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