Monday, June 8, 2009

Juno e a nuvem

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Enquanto um PSD febril e sedento suspira – “tomara a nuvem ser Juno”, a lógica elementar levanta questões divergentes das conclusões mais ouvidas.
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Em primeiro lugar, tal como a extrema-esquerda (BE) colheu o desagrado de muitos eleitores socialistas, e que ao voto PS regressarão sem dificuldade, também o CDS acabou por beneficiar de muitos votos descontentes com o PSD a que o país tem tido direito.
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Depois, as razões reais para o ocorrido foram essencialmente semeadas por Correia de Campos e Maria de Lurdes Rodrigues no geral do eleitorado, e por razões episódicas, próprias da natureza do sistema, como os Varas, Covas das Beiras, etc., e até mesmo Victor Constâncio, e ao eco dessas reverberações colaterais nas faixas mais informadas e onde se contam todos os que em maior ou menor grau são lideres de opinião.
Como diria a análise marxista, a Saúde e a Educação são razões objectivas, e o resto são razões subjectivas. Umas e outras passíveis de serem acertadas por políticos competentes.
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Não haverá portanto motivos para júbilos antecipados como os que efervesceram Aguiar Branco, subitamente despertado pelo resultado.
Como mandam as regras, o governo irá agora dedicar-se a fazer o bem a pouco e pouco, para voltar a captar o voto que agora o censurou e ganhar o voto que, desta vez, ficou em casa.
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No resultado de ontem deve ver-se mais uma perda do PS do que uma vitória do PSD.
O PSD não mudou de ontem para hoje. Este PSD é o mesmo, as pedras no sapato continuam lá, e na próxima vez não há Rangel.
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